Saber quais são os equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e sua importância dentro do ambiente de trabalho é uma tarefa fundamental tanto para colaboradores quanto para gestores.
De um lado, observa-se o direito assegurado do trabalhador, e de outro, as medidas gerenciais para manter os equipamentos de proteção coletiva e individual em condições corretas de uso.
Além disso, deve constar a periodicidade das manutenções programadas, garantindo assim a segurança de todos os indivíduos que permanecem no ambiente laboral.
Portanto, se você tem dúvidas em relação a quais são os equipamentos de proteção coletiva, fique por aqui e entenda tudo sobre eles. Acompanhe!
1. Exaustores para gases e vapores
Os exaustores são utilizados para retirar gases e vapores produzidos durante o expediente para o meio externo, no qual serão dissipados com maior facilidade. Para tanto, devem ser instalados em locais apropriados.
O funcionamento desses equipamentos deve seguir orientações específicas da medicina do trabalho para não incorrer em acúmulo de gases tóxicos ou aumentar a passagem de contaminantes durante o processo de trabalho.
Além disso, os tipos, a voltagem, a capacidade do exaustor, o espaço para instalação e o número de funcionários existentes no mesmo recinto são fatores interferentes no momento da aquisição.
Exemplo disso são as capelas de fluxo laminar, utilizadas em clínicas de oncologia. As recomendações para aquisição desse aparelho incluem o tipo de passagem de ar (vertical ou horizontal), o espaço físico para instalação e como serão feitas as rotinas para manipulação de quimioterápicos.
2. Placas sinalizadoras
As placas sinalizadoras servem como orientação visual fixa ou provisória. Na primeira, são registradas alertas sobre as condições de trabalho, as principais recomendações de segurança e as formas de comunicar acidentes.
No entanto, as placas fixas tendem a ser menos eficientes, pois os trabalhadores se acostumam com as mensagens e não se dão conta disso. Às vezes, apenas no momento de um acidente é que eles se lembrarão desse ocorrido.
Já as placas provisórias são aquelas destinadas a alertar sobre um evento específico, tais como as condições do piso, os perigos iminentes de uma parte da empresa que esteja em obras e as situações de emergência.
Além das placas sinalizadoras, algumas empresas colocam comunicados sobre assuntos relevantes da medicina do trabalho em locais de grande trânsito de pessoas, tais como refeitório ou estacionamento de veículos.
3. Piso antiderrapante
O piso de um local de trabalho deve conferir resistência contra umidade, fricção e produtos químicos, além de fornecer uma aderência consistente para a superfície dos calçados usados pelos funcionários.
O piso antiderrapante é uma adaptação obrigatória em alguns setores da empresa e facultativa em outras. Quando compulsória, tem como propósito evitar as quedas e fraturas ósseas dos funcionários ao caminharem sozinhos ou segurando produtos da empresa.
Quando não é obrigatória, as instituições podem reestruturar a área física para garantir segurança aos trabalhadores e evitar outros acidentes não relacionados ao piso escorregadio.
4. Sistema de purificação do ar
Sabe-se que muitas doenças são transmitidas pelo ar na forma de perdigotos, ou seja, partículas emitidas por pessoas doentes que viajam por todo o ambiente e penetram em outros indivíduos suscetíveis de adquiri-las.
Por isso, um sistema de purificação e circulação de ar é fundamental para manter a saúde dos trabalhadores da instituição. A escolha do equipamento dependerá do porte da empresa, da decisão da CIPA e do investimento financeira para aquisição e manutenção.
Nesse sentido, pode-se optar por um sistema de ventilação em que o sentido do ar seja do ambiente limpo para o setor mais sujo e deste para o lado externo o mais rapidamente possível.
Caso a empresa prefira o sistema de ar-condicionado, deve-se atentar à manutenção periódica, pois o acúmulo de umidade ou respingos de um equipamento mal calibrado pode ser uma fonte de proliferação microbiana.
5. Protetor de partes moles das máquinas
O maquinário das empresas é composto por partes fixas e moles, e algumas delas oferecem risco ao colaborador durante o manuseio. Portanto, é importante inserir o anteparo protetor nessas situações.
Para a implantação dessa técnica, dá-se o nome de neutralização do risco, pois se sabe que a exposição existe, porém está controlada. Atualmente, já é possível adquirir protetores conforme as partes das máquinas que deverão ser protegidas.
Exemplo disso são as engrenagens, polias, correias, etc., que necessitam de cuidados especiais para proteger o trabalhador.
6. Enclausuramento
Pode parecer estranho, mas a técnica do enclausuramento é considerada um equipamento de proteção coletiva. Nessas situações, ocorre o fechamento ou isolamento de máquinas barulhentas para diminuir a incidência de surdez laboral.
Essa situação se justifica para atender os preceitos da legislação do trabalho que preconiza a intensidade e a duração do estímulo sonoro para evitar danos auditivos aos trabalhadores em longo prazo.
Sendo assim, máquinas que emitem sons de altos decibéis devem ser isoladas acusticamente dos colaboradores ou deve-se diminuir o tempo de contato dos indivíduos em situações nas quais a entrada nelas é inevitável.
7. Sistema de proteção contra agentes químicos
Saber quais equipamentos de proteção coletiva ajudam na diminuição da intoxicação por substâncias químicas é fundamental. Nesse caso, destacam-se o lava-olhos e os chuveiros de segurança.
O primeiro deles é utilizado em empresas que realizam reações químicas que podem ser nocivas aos olhos. Um esguicho nos olhos poderá diminuir a absorção da substância que causa cegueira.
Já os chuveiros de segurança são usados para retirar produtos químicos que, porventura, tenham caído nas roupas e na pele dos colaboradores. Conforme orientações específicas, o chuveiro diminui as lesões advindas do contato da pele com as substâncias químicas corrosivas ou irritantes.
Entender quais são os equipamentos de proteção coletiva e como devem ser usados é um passo indispensável em direção à minimização da exposição a situações de risco no ambiente de trabalho.
Além da utilização e implantação adequada desses equipamentos, é aconselhável manter treinamentos in company com os funcionários constantemente e ficar atento às novas legislações sobre o assunto.
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