Aprenda como implementar uma equipe de emergência na empresa!

Aprenda como implementar uma equipe de emergência na empresa!

Não há dúvida: para que o sistema de prevenção funcione da forma adequada, é necessário que os profissionais envolvidos tenham alto conhecimento técnico e que as empresas disponibilizem meios para suas ações.

Nesse contexto, a brigada de incêndio e a de emergência possuem um papel estratégico. Especialmente quando se pensa na aplicação dos primeiros socorros, avaliação de riscos, participação de exercícios simulados e inspeção de irregularidades, por exemplo. 

O assunto é bem complexo e de grande importância. Por isso, desenvolvemos este artigo (sob a ótica da NBR 14276/2006 e outros documentos técnicos e legais) para esclarecer as principais questões sobre o tema. Acompanhe: 

Qual a diferença entre Brigada de incêndio e Brigada de emergência?

A Brigada de Incêndio e a de emergência atuam em ocorrências, abandono de área, prestação de primeiros socorros e estratégias de prevenção. Uma contém a outra, portanto não existem simultaneamente. 

Conforme a NBR 14276/2006, podemos definir a brigada de incêndio (válido também para a brigada de emergência) como: 

  • “grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,abandono de área e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta.”

O que diz a Norma?

As equipes de emergência são formadas em empresas que se enquadrem na NBR 14.276/2006 (você pode conferir a norma neste arquivo), que também indica os requisitos mínimos para a composição, formação e implementação das brigadas.

A equipe de emergência tem caráter voluntário, sendo uma ação preferencialmente executada pelos próprios funcionários. Os funcionários devem receber treinamento e a brigada deve realizar reuniões ordinárias mensais. Um líder também deve ser apontado, de preferência um técnico em segurança do trabalho.

Duas importantes leis a serem citadas são as Normas Regulamentadoras 20 e 23 (NR-20 e NR-23). A primeira trata do manuseio de inflamáveis e combustíveis, além de dar diretrizes para o treinamento. A segunda regulamenta medidas de prevenção, como saídas de emergência e sistemas de alarme.

Como oferecer treinamento adequado?

Defina a carga horária mínima

O primeiro passo é definir a carga horária do treinamento, que deve estar de acordo com o grau de risco do imóvel. Por exemplo, se o imóvel tem um grau de risco baixo, cada brigadista deve receber 4 horas/aula de treinamento. Esse número aumenta para 8 horas/aula (risco médio) e 24 horas/aula (risco alto).

Cabe lembrar que tanto o conteúdo quanto a atuação da Brigada são regidos pelo Plano de Emergência, e a carga nunca deve ser menor do que é indicado na NBR. 

Selecione os tópicos abordados

O treinamento deve abordar tópicos como primeiros socorros, combate a princípios de incêndio, medidas preventivas e evacuação do local. Esses temas variam de acordo com o tipo de equipe de emergência formada.

O conhecimento em primeiros socorros, por exemplo, é muito importante para salvar vidas — com atendimento a vítimas e restabelecimento de funções vitais — até a chegada do atendimento especializado ao local.

Escolha profissionais capacitados

É importante saber quem pode ministrar esse tipo de treinamento. Membros das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros que tenham ensino médio completo e especialização em Prevenção e Combate a Incêndio e Técnicas de Emergências Médicas estão aptos. Profissionais de Segurança e Medicina do trabalho (registrados nos conselhos regionais ou no Ministério do Trabalho) também podem ministrar o curso.

Para estabelecimentos com alto grau de risco, os profissionais a realizar o treinamento devem ter ensino superior completo e terem realizado, no mínimo, 100 hora/aula de um curso de primeiros socorros e 400 horas/aula de Prevenção e Combate a Incêndio.

Empresas comprometidas com a segurança no ambiente de trabalho também vêm buscando consultorias em treinamentos com empresas especializadas nesse ramo. É uma maneira de poupar tempo na seleção de profissionais capacitados, padronizar as instruções e contar com toda infraestrutura necessária para a realização de simulações.

A multinacional Previnsa é referência quando o assunto é treinamento de brigadas. Todos os equipamentos, níveis de treinamento e simulações de risco são implementados de acordo com as prerrogativas da NR 23, a legislação de cada estado e a realidade do cliente.

Faça simulações periódicas

Uma boa maneira de preparar seus brigadistas (e outros colaboradores) é realizar simulações de evacuação. Assim, todas as pessoas envolvidas saberão como agir em caso de acidentes e emergências. 

Realize a reciclagem de maneira contínua

A segurança do trabalhador é uma exigência que demanda atenção. Por isso, os seus brigadistas devem estar sempre treinados e cientes do que devem fazer em situações adversas. A reciclagem, portanto, deve ocorrer todos os anos ou toda vez que a equipe de emergência sofrer uma alteração de 50% dos membros.

Todos os brigadistas que já realizaram o treinamento previamente, obtendo um aproveitamento de 70% ou mais, estão dispensados da parte teórica.

Como dimensionar a equipe de emergência

Uma dúvida frequente é “qual deve ser o tamanho da brigada de uma organização?”.

Para responder a essa pergunta, é necessário consultar o anexo C da NBR 14.276/2006 para determinar o grau de risco de incêndio, considerando individualmente os setores do empreendimento (se são de administração ou de produção). Dentre os pontos a serem observados, estão a população fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da planta. 

O que é um Plano de Emergência

Além de uma boa equipe, toda organização deve elaborar um bom plano de emergência. Esse é um documento que define quais sinistros podem ocorrer dentro e fora dos empreendimentos, além de descrever os procedimentos organizacionais que devem ser realizados para diminuir os impactos ambientais.

Ele determina a possibilidade de acidentes acontecerem de acordo com os ambientes analisados, organizando o socorro e outras ações que podem evitar erros fatais em situações de emergência.

Como você pôde perceber, possuir uma equipe de emergência pode ser um grande diferencial para a segurança dos seus trabalhadores. Escolher as pessoas certas e fornecer um treinamento adequado é essencial para o sucesso. Por fim, a brigada de incêndio e de emergência deve sempre atuar de maneira complementar, visando cobrir todo tipo de sinistro e acidente.

Se você quer saber mais sobre equipes de emergência com uma empresa que é referência no assunto, entre em contato conosco! A Previnsa é especialista em Planos de Emergência, responsáveis por orientar a formação das Brigadas de incêndio.